No ponto onde o mar avança e o estuário apodrece milhões de negros e mulatos sobrevivem sobre esgotos enquanto brancos levantamos muros e ostentamos furtos de antepassados. Depois não tem depois, chegamos: tudo está como tem que estar, Recife está pronto. Hoje, dilema, afunda, metade roubada ao mar, metade à especulação, pois é do suor dos outros que o sinhozinho se sustenta.