apartamento902

!!! domicílio de poemas do TRELLES ¡¡¡









segunda-feira, 31 de julho de 2006
 

Sofisticação


Reapresento-
me
para a Cid

Inseto novo,
aproveitando o bom
whisky
das vermissagens por aí

(foto do artista)
























 

Soneto-resenha


Aquele artista plástico
que já tinha amputado
a própria perna
para vendê-la embalsamada

– com o lascivo auxílio da crítica –
agora cortou o próprio dedo
médio
da mão esquerda

fora
E o expõe
em formol

com o título:
A Grande Dedada
(deu no jornal)



























sexta-feira, 14 de julho de 2006
 

Condição


Sem escrever não sei quem sou.


Escrevendo também não.
























 

Azar ação


Ela olhou pra mim e eu
arrotei.























 

Numa lanchonete da CDU


Ferido de encantamento
por você,

a cidade é cômica.

Na lanchonete do bairro
eu
mais cinco casais.

Não sei porquê
penso em você.

E agradeço a Deus
você não estar comigo ali,
curtindo
esse momento borogodá.

Momento de noivas e noivos.

Comendo pizza com condimento
e remoendo pequenos
rancores.

Agradeço a Deus
a piada que é isso tudo
pra mim.

Pagos a coca e o x,
passeio pelo subúrbio.

O Sol poente
explode sustos de outros mundos
no teto do planeta.























 

Dois


Você é flor e eu fui
rude.























domingo, 9 de julho de 2006
 

Domingo


Domingo. Todos
estamos na Casa.
Churrasqueira acesa no quintal,
mesa posta na sala,
cerveja e vinho.
Através do estéreo
a música colore os raios
de Sol.
O Céu azul, entre nós -
entra, pega uma cadeira,
ri e discute
futebol.
Outras queridas presenças
também nos abraçam,
do imaterial mundo.
Sorrindo.
Estamos
juntos. Domingo.
























quinta-feira, 6 de julho de 2006
 

Maturação


Pássaro verde quando
cai
do pé-de-pássaros,
ou aprende
a voar,
ou perde
sua utilidade musical.
























 

Bem cedo


Essa manhã acordei
pouco antes do relógio.

Quando o velho despertador
explodiu,
fiquei feliz em saber
que ele ainda funcionava.
























 

CosmoGrill




O Amor limpa o lixo espacial
das galáxias ao redor.

O Amor cola os cacos
da grande explosão.

O Amor torna nítido
o caminho entre as nebulosas.

O Amor me projeta
no desideral espaço.

E por defeitos na asa esquerda,
o Amor me carboniza na reentrada.
















TRELLES © 2005-2007 André Telles do Rosário


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Pulverizar a Cultura até a Arte em cada um

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Garotas que dizem Ni - Fla Wonka

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